sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Conhecido estranho

Que estranho
ver ele
sem querer

que estranho
não querendo
ter de ver ele

que estranho
parar de ver
sem abraçar
ainda que seja ele

por Adrins
em estranhamentos

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Só rir, não sorrir

Ele ri
pra disfarçar o incomodo
disfaço que o conheço
pra evitar
e não esquecer
de sorrir

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Antes do beijo

Se aquele murro não fosse tão alto
eu pularia

Se aquela janela não fosse tão firme
eu arrombaria

Se aquele sono não fosse tão leve
eu não acordaria

Se...

por Adrins
leve

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amo todos os meus minutos...


posso amar os seus?!

por Adrins
além do arco-íris

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Código e barra

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O matuto enviou a filha à cidade grande, para ter estudo e conseguir um bom casamento com um dos moços estudados da região. A filha, bonita, na primeira visita à casa trouxe o escolhido. Perguntou a si se aconteceu algo no caminho porque o rapaz vestia roupas estranhas, maiores que ele e parecia ter manchas no corpo. A mulher, que enxergava melhor, informou que as manchas eram desenhos. O rapaz falava de modo esquisito, ele não entendeu muita coisa mas foi o suficiente para pegar a velha espingarda do avô e apontar pro tipo: “ olha aqui rapaz!” ele olhou: “ maneiro!!! dá duas das minhas!” E tirou duas pistolas das calças.
Quando perguntaram porque permitiu o namoro com um tipo desses foi categórico: " o home é mais evoluido"

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Nos primeiros aniversários ganhava bonecas e lhe ensinaram como era divertido trocar fraldas e colocar chupetas. Nos seguintes ganhou panelinhas e até uma pia que lavava a louça de verdade, um encanto! Pediu uma Barbara, ensinaram a magia da costura para fazer as roupas. Aos quinze dera-lhe brincos e vestidos porque já era uma mocinha e deveria se arrumar como tal. Depois de casada ganhava lindos panos de prato e potes de plástico, porque é o que precisa uma dona de casa. Ninguém entendeu quando a vadia largou tudo que tinha e fugiu com um cantor de casas noturnas.

por Adrins
rindo na cara da esfinge