quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ritual do desapego

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Doo palavras que já me foram mágicas
pelo que foram; não as profano.
O papel, ingênuo, aceita tudo que lhe é escrito
eterniza o que não mais existe:
a promessa do eterno dissipou-se,
a oferta de sabedoria esvaiu-se

Há palavras que precisam ser apagadas
pelo que elas foram, doo ao universo
já desgarradas de seus símbolos.

Há palavras que precisam ser transcritas
pelo que serão, não permito que se dissipem

Reinicio a busca por minhas próprias palavras
ainda emaranhadas com as outras...

por Adri.n
desvendando

2 comentários:

ítalo puccini disse...

adri,
que lindo poema!

ah, as palavras...

que bom passar por aqui novamente.
gostei dos poemas.

Adri.n disse...

:)

É tudo muito mais concreto que poético...

Mas seu encantamento pelas palavras é sempre contagiante (vejamos agora com a nova reforma ortografica rs)!
Que bom suas letras por aqui novamente...