segunda-feira, 23 de março de 2009

O Caldeirão do aprendiz está cheio de poções mal entendidas

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As pessoas que cuidam dos sentimentos de outras são as que mais sofrem,
As outras têm raiva ou inveja de sua bondade
- Ah é? Quer agradar? Vamos ver até onde aguenta!
E testam a sensibilidade até o ultimo fio.
As vezes as pessoas emudecem e se isolam
- não falei que era uma mentira?
E quando veem outra alma sensível iniciar a peregrinação,
Tiram a cabeça do casulo e gritam como é o mundo.
As primeiras os chamam de amarguradas.
Quem dera existirem mestres para guiá-la,
E ouvir perguntas retóricas,
Mas nem o silêncio da sabedoria existe.
Resta trocar historias para quem sabe achar a resposta.
Às vezes o céu se abre por instantes,

As nuvens voltam antes dela memorizar a resposta.
Pedira sabedoria, mas não sabia que com ela vinha o sofrimento.
Por tempos fechava os ouvidos quando lhe sussurravam a verdade,
E fingia não ver.
Mas continuou a pedir sabedoria e o mestre a sacudiu
- Então abra os olhos.
E verdade a jogou contra o chão, quase não soube levantar
Enfim aceita e reconhece seu preço
O grande mestre lhe dissera:
- Vai e sente o sabor da derrota.
E ela o prova.
- Então esse é o gosto...
As pessoas de coração duro esperneiam e não ouvem o grande mestre
- Não foi isto que pedi!
As pessoas de coração doce reconhecem que fizeram o pedido errado
- Deveria pedir amor
Mas ela não o pediu por inteiro
E ele veio aos borbotões
Quando ele cruza seu caminho dói-lhe o peito
E pensa em pés descalços, livros abertos, jogos de xadrez, cabelos ao vento, corpos na chuva e lábios molhados...

Quase sente seu abraço apertado...
Ele não pensa nada,
Ela ouve os sussurros.
Ainda não soubera pedir.
Mas fecha os olhos mais uma vez:
- Só mais um pouquinho
Os abro na queda
Melhor cair que não pular....

por Adri.n
provando

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