terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para Lenini Casemiro, pelo seu dia, seu mês e sua existência...








“A maternidade não repousa no sobrenome, nos traços, no molde genético;
é um escapulário debaixo da camisa que não se vê. Uma pitanga,
em que o caroço é quase do tamanho da fruta”

Carpinejar

O poeta-filho falou-me da força da mãe com tempo para tudo, com tantas coisas e tão amorosa aos filhos. O poeta-filho não entende que ter um filho não é sacrificar ou dividir, mas somar ele em sua vida.

Ter um filho significa crescer no mais profundo valor desta palavra: crescer por dentro. Melhorar todas aquelas falhas suas que ficavam nas promessas de fim de ano. Porque não tem mais desculpas. E crescer sem faz-de-conta porque seu filho está dentro do ventre e ouve e sente o mesmo que você. É aprender sem preguiça, porque o tempo de ensinar já esta aí. E você cresce e passa a gostar de tantas pequenas coisas que não gostava ou não admirava mais. E fica imaginando como é olhar o mundo pela primeira vez, tenta olhar o mundo pelos olhos dele, sentir o mundo como ele sente.
E você volta a ser criança. E de repente a casa, o trabalho, os amigos ganham outra cor e você arruma tempo para fazer tudo (mesmo sem dormir, porque descobre que pode dormir muito menos do que pensava que poderia), e faz tudo com mais alegria, porque ele existe, e cada percepção sua, vem carregada do sentir dele, ainda que no faz-de-conta. E você o vê repetindo sua fala, seus gestos, e você repete seus olhares, seus anseios, você nunca mais estará só, porque sua vida está carregada da existência dele.
Ter um filho é crescer por mais duas vezes, da primeira você cresceu com seus pais, da segunda para seu(s) filho(s) e da terceira com seu(s) filho(s).
Ter um filho é crescer por amor...


por Adrins (re) crescendo


Um comentário:

ítalo puccini disse...

lindo pra caramba!

parabéns pelo filhote esperto
:)